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sexta-feira, 19 de novembro de 2010
Adoção de bebê negro por Sandra Bullock gera polêmica nos EUA
A adoção de um bebê por Sandra Bullock e seu ex-marido, Jesse James, gerou polêmica nos Estados Unidos pela origem afro-americana da criança e por sua aparição em uma revista em meio a supostos casos de infidelidades do ex-esposo, informou hoje a CNN.
Apesar de Sandra ter recebido apoio público desde a divulgação das supostas relações extramatrimoniais de James, que levaram o casal ao divórcio, a notícia da adoção de Louis Bardo Bullock causou polêmica.
O site Black Voices qualificou a situação de "caso curioso" e afirmou que o fato de estrelas como Madonna e Angelina Jolie optarem por adotar crianças negras gera "perguntas e suspeitas". E questiona: "Por que querem um bebê negro em vez de um branco, se também há [brancos] para adoção?"
Em março, várias mulheres anunciaram publicamente que foram amantes de James e, embora ele nunca tenha confirmada a veracidade das acusações, Sandra pediu o divórcio.
Na semana passada, a revista "People" mostrou pela primeira vez uma foto da atriz com seu bebê, o que, para alguns, foi uma estratégia de relações públicas.
Uma enquete aberta aos leitores do site Clutch sobre o oportunismo da apresentação à imprensa de Louis constatou que, apesar de as pessoas serem a favor da adoção, consideram "suspeito o momento em que [a imagem] foi divulgada". O Dia da Consciência Negra é celebrado em 20 de novembro no Brasil e é dedicado à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira.
A data foi escolhida por coincidir com o dia da morte de Zumbi dos Palmares, em 1695. O Dia da Consciência Negra procura ser uma data para se lembrar a resistência do negro à escravidão de forma geral, desde o primeiro transporte forçado de africanos para o solo brasileiro (1594).
Outros temas debatidos pela comunidade negra e que ganham evidência neste dia são: inserção do negro no mercado de trabalho, cotas universitárias, se há discriminação por parte da polícia, identificação de etnias, moda e beleza negra, entre muitos outros.
O dia é celebrado desde a década de 1960, embora só tenha ampliado seus eventos nos últimos anos; até então, o movimento negro precisava se contentar com o dia 13 de maio, Abolição da Escravatura – comemoração que tem sido rejeitada por enfatizar muitas vezes a "generosidade" da Princesa Isabel.